Espionagem da Abin ao Paraguai: entenda as regras internacionais sobre a prática e possíveis consequências

Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que é improvável o Brasil responder juridicamente no ambiente internacional.

| G1 / NATHALIA SARMENTO


Paraguai convoca embaixadores e cobra explicações sobre suspeita de espionagem da Abin

A espionagem entre países é considerada comum em contexto de guerra, mas não há regras específicas para delimitar a prática em tempos de harmonia.

O monitoramento teria sido feito para obter dados sobre valores em negociação no Anexo C do Tratado de Itaipu, usina hidrelétrica localizada na fronteira entre o Brasil e Paraguai.

As normas internacionais determinam que a soberania e a integridade dos Estados envolvidos devem vigorar acima de qualquer documentação que regule as relações entre países.

O caso ainda está sob investigação da Polícia Federal.

No direito internacional, a prática de espionagem entre países é considerada comum em contexto de guerra. Mas, quando se trata de tempos de harmonia, não há regras específicas para delimitar a prática, e a questão pode gerar um "ime diplomático".

Por isso, especialistas ouvidos pelo g1 apontam que é improvável o Brasil responder juridicamente no ambiente internacional.

O tema ganhou importância esta semana, após o governo brasileiro ser chamado pelo Paraguai para prestar esclarecimentos sobre possíveis monitoramentos sigilosos e invasões a sistemas do país vizinho, por parte do Brasil.



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